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sábado, 30 de novembro de 2013

AS MEDIDAS QUE VÊM PENALIZANDO OS MILITARES

Exmos. Senhores
Chefes dos Gabinetes de Suas Excelências os:
Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas
Chefe do Estado-Maior da Armada
Chefe do Estado-Maior do Exército
Chefe do Estado-Maior da Força Aérea

Em nome da AOFA, venho solicitar a Vossas Excelências se dignem levar ao conhecimento de Suas Excelências os Chefes de Estado-Maior o seguinte:

Havendo alguns antecedentes que, nomeadamente desde 2005, prenunciavam a redução de direitos consagrados na Lei nº 11/89, Bases Gerais do Estatuto da Condição Militar, constituindo contrapartida ao leque vastíssimo de restrições e deveres a que somos sujeitos, 2011 marcou uma mudança para pior, situação que se acentuou nos dois anos seguintes e que parece não ter fim. Tudo isto, infelizmente, sem que fossem adequadamente responsabilizados os que trouxeram o País para o ponto em que se encontra e a partir de medidas de equidade bem duvidosa.

A proposta de Lei do Orçamento do Estado para 2014 (OE/2014) e diplomas, de matriz semelhante, que se lhe encontram associados nos objectivos, vêm manter os pesados sacrifícios que impendem sobre os militares, reforçar violentamente parte deles, e trazer, outrossim, até algumas novidades, como sempre penalizadoras. 

Mais: entidades europeias já vêm avisando que em 2015 e 2016 haverá que proceder a novos e substanciais cortes.

Ora, os militares têm estado na linha da frente dos sacrifícios mais pesados impostos aos portugueses e sabem o que, de novo, os espera se o que vem sendo anunciado for por diante.

Ainda por cima, tudo isto vai acontecendo ao mesmo tempo que os militares são sujeitos a medidas de que outros são excepcionados, como sucede, por exemplo, aos que transitam para a situação de reforma, vendo a respectiva pensão ser calculada tendo como referência a remuneração de reserva reduzida e, já nessa situação, vêem recair sobre esse montante o efeito da contribuição extraordinária de solidariedade, o que configura uma violenta dupla penalização, ocorrência de que os magistrados são expressamente excluídos na lei (disposição de isenção que irá ocorrer, também, nos cortes previstos para as pensões de reforma fixadas até 2005).

Por outro lado, os militares vêem desaparecer os mecanismos de salvaguarda estabelecidos na lei, como, por exemplo, o Fundo de Pensões dos Militares das Forças Armadas (FPMFA), para o qual milhares deles vinham contribuindo, e os complementos de pensão, criados, um e os outros, por sinal, por Sua Excelência o actual Presidente da República enquanto, na época, Primeiro-Ministro, para amortecer as ondas de choque causadas pelas profundas alterações estatutárias que tiveram lugar em 1990.

FPMFA, a necessitar quase certamente de revitalização, mas um instrumento essencial, não só para os que combateram em África, que se encontram, sem qualquer outra alternativa, já no final da vida, como também para os mais jovens que se verão na situação de reforma, até pela especificidade da respectiva carreira, com pensões por vezes bem inferiores a 50% da última remuneração no activo.

Sua Excelência o Ministro da Defesa Nacional (MDN) vem, ainda por cima, afirmando que Suas Excelências os Chefes Militares o vêm acompanhando nas decisões que ele e o Governo tomam.
Admitindo que, em privado, Suas Excelências os Chefes de Estado-Maior fazem uso do Dever de Tutela estatutariamente estabelecido, não se ouve, no entanto, publicamente, da sua parte, uma palavra sobre as declarações de Sua Exa. o MDN, que possam restituir aos militares um horizonte de esperança de que parece quererem arredá-los.

Sabemos dos sacrifícios impostos aos nossos concidadãos, com especial relevo, pela sua dureza, para os que vêm sofrendo os que servem o Estado, entre eles os militares, os pensionistas e os reformados, mas entendemos como necessária essa palavra.

Atrevemo-nos, por isso, a pedi-la a Suas Excelências os Chefes Militares.

Com os melhores cumprimentos,
O Presidente da AOFA

Manuel Martins Pereira Cracel
COR TPAA

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

FELICITAÇÕES (Artigo Jornal Público)

Exmo Presidente da AOFA
Caro Coronel Cracel,

As minhas calorosas felicitações pelo seu artigo editado pelo Público que é revelador do seu elevado sentido de serviço à causa pública da nossa Pátria. As suas afirmações ponderadas e com alguma ironia levam-nos à reflexão cada vez mais exígua e afastada dos portugueses e militares.

Devíamos estar de luto pela humilhação e falta de ética de quem nos tem governado. Estamos pela nossa passividade a comprometer a nossa própria honra. Estamos a ser esmagados pela austeridade que nos conduz ao empobrecimento, tendo como orientação programática uma agenda ideológica neoliberal criando a convicção que não havia alternativa.

O País não se dirige com arrogância ou mistificação e “actos de dissimulação”. A principal característica da acção política tem sido a falta de adesão à realidade evidenciando desorientação traduzida por intervenções contraditórias, com radicalização e dramatização do discurso, o que provoca incerteza e potencia a conflitualidade. Coexiste a perigosa combinação da incompetência e “revanchismo”! Descredibiliza as Instituições e a democracia.

A destruição da economia agravou a recessão que conduziu à inaceitável degradação social com trágico nível de desemprego. Sem confiança não haverá recuperação do investimento. O poder político (sem poder) não tem capacidade de decidir os destinos do País e os portugueses têm dificuldade em decidir sobre o seu próprio destino!

Não deixa de ser muito preocupante os políticos continuarem a não saber para que querem as nossas FA nem terem a noção da avaliação e implicações do actual ambiente estratégico. Vamos necessitar de FA mais exigentes e com melhores capacidades (no curto prazo) e só sabem falar em "cortes cegos" (partilhar de capacidades que não devemos) que estão a afectar a nossa estrutura, capacidade operacional e prontidão, que poderá ser de difícil reposição para intervir nos termos em que os mesmos políticos o determinarem no âmbito das exigências internacionais.

Afectando a condição militar, essência da organização, existe o risco das FA ficarem descaracterizadas e desarticuladas sem capacidade para cumprir as missões. Continua a merecer maior reflexão por parte do MDN a frase do Presidente da República, Cavaco Silva (Comandante Supremo das FA): “Considero da maior relevância o reforço da coesão e do prestígio da Instituição militar, objectivo que, em permanência, deve merecer atenção prioritária de todos os responsáveis políticos”. É evidente a falta de racionalidade que preside à forma como os líderes políticos têm conduzido processos estrategicamente decisivos.

Os efeitos colaterais da crise não deviam ser desvalorizados, pois vão provocar modificações da sociedade. O Governo não tem condições de alargar o seu espaço político nem a oposição para que seja possível o consenso necessário e urgente. Impõe-se uma reforma do sistema político que está bloqueado e em riso de implosão.

Os órgãos de soberania e agentes políticos devem tomar consciência, que a pobreza e o desemprego provocam enormes fracturas na sociedade e, por isso, são ameaças à coesão social e ao regime democrático, estando já a causar disrupções no comportamento individual e colectivo de consequências irreversíveis. A ruptura só poderá ser evitada com estabilidade politica e económica, que permitam aos cidadãos recuperar a confiança no Estado.

Portugal tem de mudar de rumo pela força da razão.

Obrigado Coronel Cracel que tão bem representa a AOFA com a autoridade de quem sabe e pode falar.
 
José Simões
CFR SEF (Res)
 

Os militares e o país que servem

Evocando diferentes razões, os militares reclamam pelos maus tratos a que, afirmam, são sujeitos.

Têm sobejos motivos para assim proceder quando se assiste a um perverso entendimento de que, em paralelo com os severos deveres e restrições ao direito de cidadania que lhes são exigidos a troco da sua condição militar, vêem, em igual ou superior proporção, ser-lhes retirados direitos e impostos sacrifícios que, para além de violentamente fustigarem as suas condições de vida, atentam contra a sua dignidade insidiosamente posta em causa.

Salta à evidência que, quando reclamam pelo que lhes vai acontecendo, no seu lugar poderia estar um desempregado ou empregado, um pensionista ou trabalhador activo, um funcionário público ou quem o não é, empresários, jovens e idosos. Enfim, têm a noção de que assistem razões à generalidade da população para se sentir injustiçada pelos avassaladores sacrifícios que a todos penaliza e, com uma tal dimensão, que transforma em desgraçada naturalidade a forma como estatisticamente se tratam os que passam fome e os que, envergonhadamente, se escondem da pobreza a que os conduziram.

Estamos, pois, todos no mesmo barco. Mais parecendo nau que se vai afundando, não por umas quaisquer causas da natureza, mas antes assemelhando-se, utilizando uma imagem do passado, a um trágico episódio em que uma “quadrilha de piratas” dela tomou conta e não desiste enquanto a não afundar.

Há alturas em que, individual ou colectivamente, podemos ser confrontados com sacrifícios. Num e noutro caso manda a razão que lhes procuremos as causas para, da forma que melhor se adeque, encontrarmos a solução para ultrapassá-los. E é isso que, no mínimo, se exige que seja explicado para que, sujeitos do sacrifício, entendamos os caminhos que nos são propostos para os suportar.

Dir-nos-ão uns que são suficientemente clarificadas as soluções propostas, encarregando-se de acrescentar sobejas justificações para fundamentar o que a generalidade da população teima em não entender. Surgem outros, com o mesmo entendimento dos primeiros, aplaudindo igualmente o caminho escolhido, mas justificando o injustificável com o argumento de que as medidas aplicadas só pecam por insuficiência ou dificuldade de explicação. Numa sucessão de “explicadores” da área da governação sucedidos por um infindável corrupio de comentadores de diferentes matizes, mas todos eles, de uma ou de outra maneira, na busca do melhor fundamento que possa colher a aceitação dos seus destinatários.

Incansáveis, tudo fazem, os nossos governantes e mais alguns, para nos levar a compreender o que só “indiscutíveis sabedorias” conseguem alcançar. Dividindo e lançando todos contra todos, recorrendo à clássica estratégia de “dividir para reinar” e assim obter sucesso na aplicação de injustas e desequilibradas medidas, fazendo crer às partes “desavindas” a aparência de justa causa, quando a causa injusta é generalizada.

Algo de profundamente anormal se passa.

À excepção dos governantes, de uma troika que, naturalmente, cuida dos interesses que representa (os omnipresentes mercados…), nada coincidentes com os do País, e de uma parafernália de comentadores de serviço, ninguém compreende a utilidade dos remédios aplicados para uma suposta cura, quando os factos e a evidência demonstram que, a não ser alterada a prescrição, não tarda, o doente certamente sucumbirá perante o tratamento que lhe foi administrado.

Urge, pois, encontrar forma de ajudar os nossos incansáveis governantes a encontrar melhor maneira de convocar os cidadãos em geral e, naturalmente, os militares também, a entender e a mobilizarem-se para ultrapassar esta curva apertada da nossa vivência colectiva. Em uníssono preferencialmente, pois sacrifícios distribuídos por todos, incluindo os particulares responsáveis pelo estado a que foi conduzido o País, tornarão tudo bem mais fácil.

Em jeito de modesto contributo sugerimos, então, que se faça aquilo que logo de início, aquando do diagnóstico feito às depauperadas contas do País, devia ter sido feito, como método e séria postura perante todos nós como comunidade, em favor de uma necessária compreensão para o atoleiro da dívida a que a Nação foi conduzida:

"Desmultiplique-se a dívida pública e outras dívidas e explique-se-nos as suas origens, os seus responsáveis, como foram utilizados os dinheiros públicos e ao serviço de quem e tudo o mais que houver a aclarar e se considere necessário para português entender.

Recorrendo a cidadãos com provas de integridade e irrepreensível conduta, moral e eticamente exemplares, à prova de qualquer suspeita e não condicionados por quaisquer espécie de interesses que possam colidir com tal missão e que, outros, que não os governantes e correlativos (já nos deram sobejas provas de que não são confiáveis), ajuízem quem poderá reunir o adequado perfil para tão nobre encargo."

Estamos em crer, diríamos até, com um elevado grau de probabilidade, que se tornaria bem mais fácil convocar os portugueses para o altar dos sacrifícios que fossem requeridos, na certeza de que o seriam com diferente critério de justiça e equidade, pois mais facilmente se perceberia que as responsabilidades são, contra o que vem sendo afirmado, qualitativa e quantitativamente, bem diferentes.

E estamos em crer que os portugueses em geral, os militares e as Forças Armadas de Portugal, com funções de soberania no Estado que somos e na Pátria que se lhes exige, estejam prontos a defender, estariam dispensados de cortes a esmo fazendo perigar a paz social que todos desejamos e os alicerces de um Estado que pretendemos ao serviço de todos.

Coronel, presidente da Associação de Oficiais das Forças Armadas

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

GOVERNAÇÃO ,LEGISLAÇÃO SACRIFICIAL.



PORTUGUESAS E PORTUGUESES, CONCIDADÃOS!


O Presidente da República Portuguesa, num regime Republicano Constitucional, em 2013, em Portugal, país europeu, com 900 anos de história, 39 anos pós 25 de Abril 74, deste Abril ferido por um 25 Novembro 75, cobarde, traidor, mentiroso e vil, acusou perante o tribunal constitucional que o  Governo Português, bárbaro e ilegítimo, e já ilegal quer submeter ao sacrifício de expiação, através de um imposto tirano - como o refere, em termos conceptuais, o Papa Francisco - os eméritos de Portugal (os denominados reformados, mas reformado uma ova, um insulto miserável), retomando práticas milenárias de execráveis  sacrifícios e de magia negra.

 Através de ritos sacrificiais nos tempos bíblicos  procurava-se dar uma nova alma ao pecador: esteve nesta linha a criminosa Inquisição, e as práticas de magia negra, para expulsar demónios, como a seguir se refere:

" Significado  de  sacrificial: referente  ao sacrifício  ou  à  oferta  feita à divindade; sacrifical;
Sacrifical referente a sacrifício, expiatório.

 Sacrifício Expiatório Bíblico:

“Sacrifício de expiação pelo pecado (Lv 4.32 a 35). O sacrifício expiatório era um holocausto, diferente dos outros sacrifícios, em que as vitimas eram oferecidas pelos pecados cometidos inadvertidamente, ou por ignorância - mas se a falta era praticada voluntariamente, merecia o transgressor ser cortado da comunhão.

Era a ‘expiação do pecado por meio de uma vida dada em substituição’ (Lv 5.17 a 19 - 15.2,9,19, etc. - Nm 6.11). os sacrifícios expiatórios eram (1) oferecidos pelo sumo sacerdote, quando ele tinha cometido qualquer ofensa, de que a nação pudesse sofrer - (2) ou quando toda a nação tinha inadvertidamente pecado - (3) e também o eram por indivíduos que tivessem pecado por ignorância (Lv 4.32 a 35) - (4) e muito especialmente havia desses sacrifícios no grande dia da expiação.

O sumo sacerdote, quando se tratava do primeiro ou do último caso, punha a sua mão sobre a cabeça da vítima, confessando o seu pecado.

No segundo caso eram os anciãos que punham a mão sobre a vítima - ou punham-na sobre a pessoa que trazia a oferta, se era o terceiro caso.

As cerimónias do grande dia da expiação eram realmente muito significativas: (vede Nm 29.7 a 11 - e Lv 16.20, 26 a 33).

O bode emissário, levando consigo os pecados do povo, e o segundo bode que era sacrificado, prefiguravam de um modo especial a obra de Jesus Cristo.

 Os sacrifícios expiatórios eram, também, oferecidos em certas ocasiões, para purificação de pessoas que se tinham contaminado (Lv 9.22 - 14.19 a 31 - 15.2, 14,15,25 a 30 - Nm 6.2 a 12). No N.T. fala-se de Jesus Cristo, como tendo ele sido a vítima de expiação (Rm 8.3 - 2 Co 5.21 - Hb 1.3 - 9.28). ( fonte bíblia on line)

E, perante tamanha crueldade, tirania, nos termos que o Papa Francisco denuncia, e, pessoalmente,  já o tenho feito dezenas de vezes desde 2008, querem burgueses bem pensantes e melhor colocados no tabuleiro dos interesses económicos totalitários que a Inter sindical mantenha serenos os por eles designados como gado, para subirem aos altos fornos da cibernética e das finanças cantando bem-aventuranças aos tiranos.

Oh estupores! Como é possível ser tamanha a virose de piolhos que ataca as vossas sinapses, se até o PAPA reconhece que este caldo de tortura desencadeará violência.

Como podeis pedir à Inter Sindical, ao PCP, e ao se lixe a Troika, que segundo o Jornalista  João Marcelino são a mesma gente  que faça de todos cordeiros pascais, como se alguém fosse dono de alguém, isto,  a acontecer seria ditatorial e contrário à Constituição da República que  esses burguesotes dizem para eles cumprirem, e,aqui, está  o engano dessa gente.

Perante a destruição de Portugal e a governação sacrificial compete: aos Patriotas salvar a Pátria até com sacrifício da sua própria vida .....; e a todas as mulheres e homens humanos porem cobro a esta  governação sacrificial, por ser contrária à constituição, aos  direitos humanos e ao estado de direito, pelo que , ainda, deve ser feita a acusação criminal contra os que praticam uma governação sacrificial, por via da tirania cibernética e financeira, como o Papa Francisco acaba de identificar.

Portugueses  a Pátria, a Humanidade reclamam a nossa presença no PAÇO, em BELÉM, no PALÁCIO RATON PARA EXIGIR O FIM DESTA GOVERNAÇÃO SACRIFICIAL  ILEGÍTIMA, ILEGAL, SELVAGEM, BARBARA, DOS TEMPOS BÍBLICOS, OU DO SUBMUNDO DA MAGIA NEGRA.

Sejamos claros, falemos com coragem e verdade: A nossa situação é mesmo de expiação sacrificial nos precisos termos que o Presidente da República refere e o PAPA.

 Logo sr. Presidente aja, e portugueses ajamos também:

 Pela nossa Pátria, pela sua independência, pelo Futuro e por nós: tu, eu, os nossos filhos, os nossos pais e as gerações de jovens actuais e as vindoiras.etc.

CONCIDADÃOS AO PAÇO!

andrade da silva

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

PORTUGAL IMPLODE ?





Uma hora da maior Gravidade para Portugal.

Portugal!

Os portugueses têm de exigir a imediata intervenção do Presidente da República no sentido de renunciar ao cargo, demitir o governo e permitir aos portugueses que encontrem uma solução patriótica e a solidariedade indeclinável, como o imperativo Europeu exige, à Europa do Norte e do Euro, que também nos tramaram, planeadamente.

Aos que nunca entenderam a razão maior para agir num projecto  como o VAH (Viver Abril Hoje > Construir o Futuro): eis outras respostas parciais que vão acontecendo: Mário Soares e as comemorações do 25 de Novembro 75 que terão lugar 2ª feira.

Mário Soares desta feita está mais acompanhado por mais esquerda que se junta à figura tutelar de Mário Soares, para ?????....

Mas quem mata sempre o amanhã?

Todavia, urge lutar por um amanhã, mas assim não.

Portugal: amanhã ou um ontem, depende de nos libertarmos dos comerciantes que nos têm transaccionado e transaccionam nos balcões dos bancos, e, quando, não mesmo, nos têm traficado nos escombros da moralidade.

Portugueses, uma vez mais, vivemos um Novembro da nossa Liberdade,  da Democracia e da República, e, onde, estamos nós, que fazemos, ouvimos os que no 25 Novembro 75 cumpriram o desígnio dos americanos e alemães para Portugal?


andrade da silva

PS: Como diz um dirigente sindical o que aconteceu em S. Bento foi um mero acto simbólico. Sim, foi,  mas com grande força.


Manifestação das forças  de segurança

ttp://www.tvi24.iol.pt/503/sociedade/policias-manifestcao-lisboa-parlamento-confrontos-tvi24/1512309-4071.html

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Aos ex-alunos dos Pupilos do Exército.QUERER É PODER

EVOCAÇÃO (intervenção)

Os 60 anos de entrada no PILÃO (1953-2013)

Uma primeira palavra de agradecimento ao actual Director do nosso Pilão, Sr. Coronel Miranda Soares. De agradecimento pela gentileza da sua recepção, do seu acolhimento, pela visita que nos proporcionou e pelas suas palavras de ânimo e esperança. Obrigado.


Outra palavra, com o mesmo sentimento e um especial abraço ao Presidente da nossa Associação de ex-alunos, caro Américo Ferreira. A nossa Associação sendo o prolongamento da nossa vida e memória no Pilão é um instrumento fundamental na persecução do necessário apoio aos seus associados [diria que a todos os Pilões] é, como nunca, um indispensável apoio ao Instituto como à continuação da sua vida!

Ao aluno comandante de batalhão, Rachid Pachir, obrigado pela presença. Peço-te transmitas a todos os alunos o nosso desejo de que possais chegar, como nós, ao tempo de celebrar semelhante evocação.

Aos ex-alunos, contemporâneos ou não, que nos honram com a sua presença e participação, o nosso igual bem-haja. E bem assim aos familiares presentes, do falecido Luís Marreiros e do António Tavares a nossa solidariedade na dor dos seus e nossos entes queridos.

......... ** ..........

Encontramo-nos presentes 17 ex-alunos, tendo já falecido 10, dos então 46 jovens que há precisamente 60 anos entraram pelos portões desta casa. Todos passamos dos setenta anos de idade...São duas as grandes razões que aqui nos trouxeram:

-frequentámos esta Escola e vivemos sessenta anos, depois de nela entrar, mas
subsidiariamente, os que aqui estão juntaram a essas principais razões todos os outros motivos para “querer” e “poder” evocar a data. Quisemos marcar a efeméride. Aqui estamos.

Chegados aqui, talvez bastasse não dizer nada,
quedarmo-nos mudos, trocar abraços, reprimir ou esconder lágrimas e nostalgias.

Quantos choros abafados viajaram por estes claustros?
Quantas alegrias esbaforidas por aqui tropeçaram?
Quantas brincadeiras ingénuas ziguezaguearam por estas arcadas?
Quantas chuvas e sois nos fustigaram e estas paredes nos acolheram?


Já o dissemos há dez anos, difícil era, não o repetir hoje; não repetir que
… recordamos com saudade o tempo que passou, a casa que nos educou, os amigos que ficaram, os que já partiram e os laços que nos uniram...


Nestes sessenta anos que comemoramos não é por acaso que é aqui, nos claustros, na “alma mater” da casa que nos viu crescer que nos encontramos, nem é por acaso que é numa das suas paredes que ficará outro registo da nossa evocação:


Sessenta longos anos passaram…
Da etapa que marcou as nossas vidas.
Amigos – os que partiram e os que ficaram,
Aos vindouros, legamos esperanças merecidas!



Amigos que partiram, mais seis que há dez anos: 32-Humberto Moita,37-António Tavares,69-Frazão Gouveia, 96-Carlos Mendonça, 106-Jorge Pimentel,168-Germano Lopes,191-Rebordão Brito, 231-Isaque Ramos,260-Luís Marreiros, 396-Gaspar Santos

Estes são os nossos que já não pudemos convocar. Mas porque vos queremos connosco, dizemos: “estais presentes” . No próximo minuto elevamos a vossa memória no silêncio da saudade.
(um minuto de silêncio)
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Sessenta longos anos passaram…

Seis décadas de grandes mutações na vida de cada um e na vida da sociedade...

Foi este o tempo que passou e com ele nós.

Vimos mudar de Século e de Milénio. Passámos aos anos 2000: uns com muita esperança, outros com menos, se calhar alguns com pouca...mas todos com a certeza de que as crises, as grandes crises despertam as consciências. Obrigam-nos a desejar um mundo melhor: mais fraterno, com menos assimetrias...com uma liberdade mais autêntica.

Foi este o tempo que passou (60 anos muito peculiares) e com ele nós.


Da etapa que marcou as nossas vidas.

Da...casa que nos educou. Uma Escola criada com a República. Uma Escola para os que dificilmente teriam tido formação secundária e média se o “Pilão” não existisse. Por isso e não só uma Escola especial; dela o que se recebeu se recebeu com uma gratidão singular.

Na maioria éramos filhos de gente humilde e terá sido uma das primeiras lições aprendidas nesta casa: construirmo-nos na força de que, por virmos de gente humilde, não seriamos por isso “gente menor”, ao contrário ,aqui aprendemos a ter orgulho de nos fazermos grandes.

Maiores em vontade de vencer, em vontade de resistir às adversidade e às dificuldades, numa dinâmica de receber tudo o que a Escola teve para nos dar
qualquer fosse a estação do ano em matéria das crises que a visitavam.

A Escola sempre teve crises, ciclicamente. Não é coisa só de agora. Delas soube renascer.
Nós sabemos bem as diferentes fases porque cá passámos!

Por isso, repito, aqui aprendemos a “ter orgulho na vontade de vencer”. Vencer com dignidade sob a égide de QUERER É PODER.

Tínhamos disciplina, pois tínhamos. Tínhamos regras para todos, desde os que tinham dez anos até aos que tinham dezoito (ou mais anos) mas foi assim. Mas essa disciplina, essas regras eram eficazes porque integravam valores. Aprendemos a respeitar valores. Poderiam não ser os mais correctos, poderiam estar contagiados pela filosofia do Poder “reinante” (estavam com certeza) mas hoje sabemos que assim como a rebeldia dos jovens que éramos os recebeu (recebeu esses valores, adquiriu sentido das responsabilidades e graus de exigência), também mais tarde a maturidade e formação adquirida, soube interpretá-los no sentido mais justo e equilibrado. Nada é fim em si mesmo. Os valores e princípios que contam são os que interessam à construção duma sociedade onde sejamos mais felizes.

Pois se hoje se diz que há uma crise de valores. Abençoada Escola que ainda hoje e aqui nos faz recordá-los.

Da casa que nos educou poderíamos dizer tanta coisa mas já todos o sabemos. Foi um universo construído por muitos: oficiais, professores (militares e civis),gente anónima, sargentos, cabos, praças e funcionários. Todos arquitectos de um Pilão melhor; que sempre quiseram o melhor, o melhor possível.
A nossa passagem (na década de 50) até teve a particularidade de conviver com titulares de notável empenhamento em reformar o Instituto, em colocá-lo no lugar que ele merecia, no topo duma hierarquia de prestígio, como instituição de ensino, no Portugal de então. Houve lugar à inovação e à tomada de maior consciência social. E não só isso, houve um notável esforço para acabar com a traumática desigualdade comércio/industria…muito sentida e sofrida por todos nós na década referenciada. Nunca deve ser esquecido o Coronel Ferreira Gonçalves, então Director, figura central desse empreendimento a par do ajustamento da melhoria de condições à dignidade merecida pelo Pilão.

Mas também nós -os próprios alunos- fomos obreiros da construção da nossa casa e de cada uma das épocas nela vivida. Será possível esquecer a quota-parte que tínhamos, no dia à dia, na sua gestão?

Rebeldes ou submissos eramos “malta brava”. Limites entre os quais -rebeldia ou submissão- a nossa formação acabava por se fazer. Mas se entre essas margens fomos cooperantes na construção da nossa Escola, entre outras fronteiras, nela, nos fomos construindo como pessoas:

-entre tristezas e alegrias;
-entre justiças e injustiças;
-entre preferências e preterições;
-entre vitórias e derrotas
-entre, tantas outras contradições e paradoxos, verso e reverso, nos fizemos homens.

A Escola, o Pilão” nos tornou adultos e diferentes.


Amigos – os que partiram e os que ficaram,
Amigos, que o mesmo será dizer dos amigos que fizemos ou dos amigos que somos e dos laços que nos uniram mais do que falar disso será senti-lo nos encontros/desencontros de que somos protagonistas quer durante a frequência no Instituto quer ao longo destes sessenta anos. Quer mesmo quando, ano após ano, a vida de alguns se esfuma e nos afaga a saudade eterna.

São de facto circunstâncias de um tempo vivido caracterizado por contradições entre alegrias e sofrimentos, entre sucessos e insucessos, que nos fizeram mais Amigos e que teceram os laços que nos uniram e nos unem.

Às dificuldades ou à dor do companheiro do lado nunca ficávamos indiferentes.
Aí começávamos a erguer as fundações duma Amizade duradoura e a criar condições para comungar com ele (companheiro do lado) também alegrias e sucessos...A Escola, o Pilão, foi pelo que já antes se referiu natural viveiro de Amizade, de espirito de camaradagem e de cumplicidades sem termo.


Erguemos a amizade e os laços que nos uniram e ainda nos unem. Soubemos transformar os “encontros/desencontros” numa dinâmica de afirmação onde prevalece o positivo, onde prevalecem os princípios adquiridos.

A partir daqui cada um, à sua maneira, na construção de pequenos ou grandes feitos, foi construindo um mundo melhor para os vindouros.


Aos vindouros, legamos esperanças merecidas!

Aos vindouros…podemos repetir : “Vimos mudar de Século e de Milénio. Passámos aos anos 2000:uns com muita esperança, outros com menos, se calhar alguns com pouca...mas todos com a certeza de que as crises, as grandes crises despertam as consciências. Obrigam-nos a desejar um mundo melhor: mais fraterno, com menos assimetrias...com uma liberdade mais autêntica.”

Nós mais velhos estamos disso convencidos e apesar dos fustigantes ventos que sopram…. aos vindouros legamos as esperanças que bem merecem, e todos merecemos, numa verdadeira sociedade democrática.

Vou concluir.

Estamos em 2013, sessenta anos depois da nossa entrada no Pilão e cento e dois anos depois de ele ter nascido...

Estará velha a Escola?! Já não serve?! Quiseram acabar com ela?!
Tem havido força e coragem para convencer os decisores da razão que assiste à continuidade e dignificação do Instituto. Estaremos gratos aos ex-alunos e a todos que se têm empenhado nessa ciclópica tarefa, permitindo-nos destacar a nossa Associação( a n/APE) e as últimas direcções do IPE .

Mas houve luta….e essa luta continua.

Temos a obrigação de pugnar para que o Pilão continue vivo e, mais, para que ele volte a ter o lugar que merece numa hierarquia de prestígio, como instituição de ensino, plena de tradições e de serviço prestado ao Desenvolvimento nacional nas vertentes técnica, económica, cultural, cívica ou militar.
Julgo que estamos convictos que temos de perfilhar uma acção coordenada e objectiva. É um desafio para todos os ex-alunos. É um repto para nós que devemos aproveitar esta comemoração elegendo como objectivo para novos e futuros passos:
-o reforçar ainda mais o movimento associativo de ex-alunos para que o Instituto continue bem vivo, para que, independentemente dos acertados e mais que justos despachos favoráveis à sua manutenção, a Escola readquira o estatuto que merece, impondo-se por si mesma, em qualidade e dignidade;

Obrigado. Obrigado Pilão continuamos-te grato. QUERER É PODER.
Disse.

30-Manuel D.Clemente, por mandato da Comissão Organizadora desta comemoração dos 60 anos de entrada no Pilão.

6-Jeónimo Pamplona,57-Júlio Simão, 82- Moura Canteiro,133-Fernando Lopes,154-Carlos Subtil, ,198-Rui Marques, 207-Alexandre Matias,208-M.Barbosa Pereira,243-Eugénio Sousa,274-Miranda Ferreira,284-Asdrubal Sepulveda,286-Martinho Rodrigues,301-Pedro Pinheiro,324-António Fonseca,394-Candido Tavares, 397-Edgar Faustino.

Instituto dos Pupilos do Exército, aos 1 de Novembro de 2013.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

O ORÇAMENTO DE ESTADO para 2014. Um programa de retrocesso.

Um documento para os credores verem, um documento para a continuação do processo de enfraquecimento da democracia portuguesa e da reconstituição dos privilégios para monopólios e grupos económicos é o que se pode chamar ao previsto Orçamento de Estado, deste governo, para o ano de 2014.
A proposta apresentada constitui mais um passo significativo na reconfiguração do Estado à medida da banca e dos poderosos e mantendo o agravamento do roubo dos trabalhadores e reformados.
*Confronto com a Constituição
Tal como as anteriores esta proposta assume, uma vez mais, o confronto com a Constituição e o confronto com a Democracia que esta consagra.
*Não há qualquer distribuição de sacrifícios
A repartição equitativa de sacrifícios entre o Trabalho e o Capital que a propaganda do governo procura lançar é mera manipulação e falácia, a que os portugueses já se habituaram. Não há qualquer distribuição de sacrifícios. Todos os sacrifícios recaem sobre os trabalhadores e o povo. Continua o produto do saque a ser distribuído pela banca, pelos especuladores e pelos conhecidos grupos económicos.
O roubo nos salários e nas pensões adotadas nos orçamentos do Estado dos anos anteriores são meramente agravados. Se no ano de 2013 o roubo de salários e pensões foi agravado pelo “enorme” aumento da carga fiscal em sede de IRS (cerca de 3.000 milhões de euros adicionais relativamente a 2012), em 2014 o agravamento é consumado através de um corte adicional de salários e pensões (que se acumula ao roubo por via do IRS de 3.300 milhões de euros a mais).
Paralelamente, agravam-se as medidas de ataque aos trabalhadores da administração pública, correndo a par com o Orçamento do Estado um conjunto de outras medidas gravosas para os trabalhadores e reformados: aumento do horário de trabalho para as 40 horas,  corte das pensões da CGA através da designada convergência e  despedimentos, directamente ou por intermédio da designada requalificação.
*Consolidação orçamental:82% suportada pelos trabalhadores e reformados,4% pela banca e sector energético
Cerca de dois terços (2.211 milhões de euros) do valor das chamadas medidas de consolidação orçamental são suportadas diretamente por cortes nos salários e nas pensões dos funcionários públicos, trabalhadores das empresas públicas e aposentados da CGA, afetando 685.000 trabalhadores do Estado (90%) e 302.000 aposentados da CGA (50%). Se a estes cortes somarmos as medidas que afetam as funções sociais do Estado, então 82% (3.200 milhões de euros) da consolidação orçamental é obtida à custa dos trabalhadores, reformados e pensionistas.
Ao mesmo tempo, o esforço adicional exigido à banca (50 milhões de euros) e ao sector energético (100 milhões de euros) representa apenas cerca de 4% dessa consolidação orçamental, um pretenso sacrifício certamente mais que compensado com as medidas relativas à reforma do IRC e outras conezias em estudo.
Esta proposta de Orçamento do Estado constitui ainda um passo agravado na reconfiguração do Estado à medida dos interesses da banca e dos grandes grupos económicos, à custa dos rendimentos dos trabalhadores e em prejuízo dos direitos sociais – saúde, educação e segurança social - e laborais e da própria democracia. É um novo desrespeito pela Constituição.
*Este é um Orçamento que impõe um Estado mínimo para os trabalhadores e as famílias e um Estado máximo para o grande capital.
A pretexto da necessidade de redução do défice, são impostos cortes brutais nas funções sociais do Estado, particularmente na saúde (-9,4%, menos 848 milhões de euros) e na educação (-7,1%, menos 570 milhões de euros) que acumulam aos já efectuados nos últimos dois anos.
Em sentido contrário a estes cortes regista-se a evolução dos juros da dívida pública que aumentam para 7.324 milhões de euros.
*Pacto de Estabilização para engorda da banca e do grande capital
A confrontação destes valores demonstra claramente que o dito Pacto de Estabilização foi assinado, não para evitar que o Estado ficasse sem dinheiro para pagar salários e pensões, mas para garantir que os credores (nacionais e estrangeiros) receberiam o capital e os juros da dívida pública até ao último cêntimo.
Anuncia-se um corte de mais 1.000 milhões de euros no investimento público, no que pode ser considerado uma política de marcha atrás no desenvolvimento das infra-estruturas, bens e equipamentos públicos. Com a agravante de, para além das consequências imediatas - desemprego, recessão -, condicionar fortemente o futuro do país que ficará ainda mais atrasado e dependente.
Mantém-se a intenção de prosseguir o programa de privatizações/concessões, designadamente nos sectores dos transportes, água e saneamento, resíduos, energia e portos e outros benefícios continuarão a ser canalizados para o grande capital.
Aumentam os encargos líquidos com as PPPs que quase duplicam (de 869 para 1.645 milhões de euros), a que se somarão eventuais encargos com os contratos swap celebrados entre empresa públicas e o Banco Santander.
*O acréscimo de encargos com as PPPs (776 milhões de euros) é superior à redução da despesa resultante do corte das pensões a 302.000 aposentados da CGA (728 milhões de euros).
A alteração ao Código do IRC é apresentada com o argumento do apoio às MPME's mas tem, de facto, apenas a preocupação de isentar o grande capital de impostos. Se a intenção fosse apoiar as MPME teriam tomado a decisão de baixar, por exemplo, a taxa do IVA para a restauração, sobre a qual nada se diz.
*A redução da taxa do IRC só serve a banca e os grandes grupos económicos
A redução da taxa do IRC sucessivamente ao longo de 4 anos traduzir-se-á numa diminuição acentuada da receita fiscal (em 2014 de, pelo menos, 70 milhões de euros) mas os benefícios dessa redução da taxa do imposto far-se-ão sentir nos lucros dos grandes grupos económicos e da banca, não beneficiando a generalidade das MPME.
*Outra marca da política deste governo: a receita do IRS (trabalhadores) passa a quase o triplo do IRC.
É de salientar que esta descida do IRC ocorre em paralelo com a manutenção em valores muito elevados do IRS. Se em 2011 os trabalhadores portugueses já pagavam de IRS quase o dobro do IRC pago pelas empresas, em 2014 o IRS será quase o triplo do IRC. Esta é também uma marca da política de classe deste Governo.
No que diz respeito aos benefícios à banca este OE dá ao Governo autorização para garantir emissões de dívida realizadas pelas instituições de crédito no montante de 24.670 milhões de euros, mais 2,28% do que em 2013 (+550 milhões de euros), quando o stock da dívida garantida pelo Estado à banca é já de 14.475 milhões de euros.
*O Orçamento do Estado e a evolução económica e social do país.
Esta proposta de OE constitui ainda um logro programado nos objetivos que aponta em relação à evolução da situação económica e social do país.
O sucessivo incumprimento dos objetivos de consolidação orçamental – a redução do défice orçamental e da dívida pública –, quase que proclamados pelo Memorando da Troika como um desígnio nacional, não constitui um problema para o Governo e para a Troika. Na realidade, a manutenção do défice acima dos 3% e da dívida pública (muito) acima dos 60% constitui o pretexto ideal para se ir impondo a política de saque aos rendimentos dos portugueses.
Desde a assinatura do Pacto foram impostos 20.000 milhões de euros de medidas de austeridade contra os trabalhadores e portugueses em geral, sem que o défice tenha diminuído significativamente (de -4,4% em 2011 para -4,0% em 2014).
Na proposta de OE 2014, o Governo prevê um crescimento do PIB de 0,8%. Tal como em 2013, esta estimativa é propositadamente optimista ao não ter devidamente em conta os efeitos recessivos da austeridade.
Igualmente não parece ter fundamento a perspetiva de crescimento do investimento, nem a procura externa líquida parece justificar a passagem da recessão de -1,8% para um crescimento de 0,8%, já que o crescimento das exportações desacelera e o das importações acelera. Mas mesmo a verificar-se o crescimento previsto pelo Governo sempre seria anémico e não se traduziria nem em mais emprego, nem num acréscimo da qualidade de vida dos trabalhadores. Num quadro de aprofundamento do desequilíbrio na distribuição de riqueza entre o trabalho e o capital – a favor deste último – um crescimento do PIB continuaria a reverter a favor do capital.
*A redução do défice (provavelmente não atingida) permitirá apenas ao Governo justificar mais uma brutal redução de rendimentos dos trabalhadores, reformados e funções sociais
Tal como em 2013 – em que, apesar do enorme aumento de impostos e demais medidas de austeridade, a redução do défice se deverá cifrar em apenas 863 milhões de euros – o objectivo de redução do défice não será provavelmente atingido, mas permitirá ao Governo justificar mais uma brutal redução de rendimentos dos trabalhadores, e em especial dos trabalhadores e aposentados da Administração Pública, assim como cortes adicionais nas funções sociais do Estado.
Quanto à dívida, o próprio Governo reconhece que vai continuar a aumentar em termos nominais, embora aponte para uma redução em percentagem do PIB, previsão sem qualquer credibilidade.
*Manutenção do desemprego e do não aproveitamento da capacidade produtiva do país
Constata-se ainda que as previsões do Governo estimam um desemprego face a 2013 para 17,7%, certamente subestimadas mas ainda assim mantendo-se num nível muito elevado, com todas as consequências que essa realidade acarreta em termos sociais mas também de desaproveitamento de capacidade produtiva do país.
Um orçamento de mentiras e o pior Orçamento da Democracia.
Estaremos perante o pior Orçamento de Estado da história da Democracia, um Orçamento de roubo, de assalto e de sequestro de direitos fundamentais. Os seus pressupostos não são os que são explicitados nem os resultados serão os que se anunciam, daí um orçamento de mentiras.

M.Duran Clemente /Outubro 2013

Já não há Pachorra!

Fogo começo a ficar farto de tanta demagogia. primeiro foi o PM a dizer que na Irlanda houve mais austeridade que em Portugal e agora vem o pikeno Marques Mendes no Jornal da SIC reforçar a ideia e a dar exemplos...

1º A Irlanda diminui o salário mínimo ..é verdade, um facto..mas quanto é o salário mínimo na Irlanda?? 1.740 € com 20% de redução fica ainda com 1.392€ .... cabem 3 salários mínimos portugueses...isto é DEMAGOGIA da pior espécie, da espécie vigarista, vendedor da banha da cobra...
2º Os vencimentos do funcionários públicos diminuiu 10%...também para este senhor não interessa saber qual o vencimento de um funcionário público irlandês face ao português...e mesmo assim os cortes já vão muito acima dos 10%, podendo este ano chegar aos 20%..então onde está a equidade???
3º Foram despedidos 25000 funcionários públicos na Irlanda.....senhor Ganda Nóia então quantos professores e enfermeiros foram dispensados????? O número vai muito para além de 25000...mais DEMAGOGIA..

Agora querem saber a minha opinião acerca do que realmente nos separa da Irlanda???
São esta cambada de incompetentes, demagogos e vigaristas mentirosos que temos como políticos que enterram o país com os seus esquemas e que ainda por cima têm os descaramento de dizer que os portugueses ainda são uns ingratos porque querem os mesmos resultados mas não querem os sacrifícios.... não há mesmo pachorra

O Cantil Militar


O CANTIL MILITAR
(07NOV2013, por Pasimar*)

O cantil é um recipiente de alumínio, plástico ou outro material resistente, usado pelas forças armadas de todo o mundo, servindo para transportar água ou outro líquido necessário para suprir necessidades do militar em determinadas missões.                                                      
Não é um copo! E não o é somente por ser diferente do formato ou consistência de vidro que o vulgar copo tem. Não é um copo, também, porque não se limita a saciar uma simples sede. Não é um copo meio cheio ou meio vazio, consoante a sede de cada um ou mediante o prisma pelo qual se observa. É um Cantil, militar! Faz parte do equipamento com que um militar se apresenta para cumprir determinada missão. E, esse equipamento, foi pensado, planeado, programado e produzido para se obter a maior eficácia (1) possível. Assim, não cabe na cabeça de quem o planeia que tal utensílio, de guerra, seja fornecido ao militar em missão apenas parcialmente cheio, para se poupar nos custos da aquisição do seu conteúdo – o líquido. Mas, infelizmente, assim tem ocorrido no apetrechamento dos nossos militares. Não, não me refiro exclusivamente aos cantis, às armas, ao fardamento e demais apetrechos militares, pois sabemos que não temos dinheiro para ombrear com os nossos parceiros ricos da NATO. Refiro-me, fundamentalmente, ao respeito e preservação da condição militar, tantas vezes humilhada na praça pública pelos órgãos de poder, nomeadamente OCS (2) que, vendendo-se por meio pataco, a mando de interesses dúbios, veiculam informação falaciosa e demagógica. Com a manipulação da opinião pública, tratando-a como um rebanho acéfalo, embrutecem ainda mais um povo que persiste na sonolência da participação cívica. Recentemente, impingiram à opinião pública que nas Forças Armadas irá ultrapassar-se as cinco mil promoções, ainda este ano. No entanto a notícia poderia/deveria ser outra: “Este ano as promoções nas Forças Armadas ficaram mais de 50% aquém do previsto no EMFAR" (3). Na escola, quando têm aproveitamentos nos exames, os alunos transitam de classe/ano, não tendo qualquer sentido retê-los na mesma classe. O curso normal de um rio é desaguar na sua foz, pois faz parte da sua natureza. Também da natureza da condição militar fazem parte as carreiras e as promoções.
Mas, tem sido assim, em nome da democracia (demagogia!) tudo se mistura e confunde. É elucidativo o caso recente dos estabelecimentos militares de ensino (extinção do Instituto de Odivelas). Estou expectante para ver se também vão misturar o ensino dos padres e das freiras, todos juntos em internato num mesmo convento/seminário. Quando um polícia surpreende um (insignificante) ladrão em flagrante delito, prende-o! Quando um OCS é apanhado numa mentira ou falácia, prejudicando o discernimento de milhares de pessoas…, é liberdade de expressão! Isto é, a Justiça e a Demagogia são primas em primeiro grau. Mas, felizmente, não é assim em todos os países. Apenas em Portugal.

* Acrónimo de Paulo Silva Martins

(1) Na vida militar, nomeadamente nas operações militares, o primado da eficácia sobrepõe-se sempre ao primado da eficiência: quando se dispara para matar o inimigo não pensamos em gastar somente uma bala, para poupar.
(2) OCS – Órgãos de Comunicação Social
(3) EMFAR – Estatuto dos Militares das Forças Armadas

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Comunicado - Extinção do Fundo de Pensões

MAIS UM ATAQUE À SOBREVIVÊNCIA COM DIGNIDADE DOS MILITARES
A EXTINÇÃO DO FUNDO DE PENSÕES DOS MILITARES (FPMFA) E DE COMO SE INSISTE NA SUA HUMILHAÇÃO 


terça-feira, 12 de novembro de 2013

Mensagem do Presidente da AOFA

Caros Associados, Oficiais das Forças Armadas de Portugal e demais visitantes, sejam Bem-Vindos ao Blogue da Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA).

Este espaço surge na sequência de uma linha estratégica bem definida e que aqui se prossegue, iniciada há cerca de 2 anos e meio no momento em que um vasto conjunto de Oficiais da Marinha, Exército e Força Aérea irmanados de espírito comum e determinado, tendo como  objectivos a defesa intransigente dos Militares, da Condição Militar e da Soberania Nacional aceitaram, sem reservas, integrar o projecto de desenvolvimento e afirmação da AOFA, Associação a que muito nos orgulhamos de pertencer e que comemorou recentemente, a 8 de Outubro, o seu 21º aniversário.

Desde a 1ª hora que dedicámos e continuamos a dedicar uma muito especial atenção e consequente esforço à componente comunicacional por considerarmos que é a forma mais eficaz de fazer chegar a nossa mensagem aos nossos Associados e demais Oficiais das Forças Armadas, bem como aos nossos concidadãos e, reciprocamente, saber exactamente o que pensam, o que nos transmitem e quais as suas expectativas para que possamos agir em conformidade.

A utilização de diversas plataformas de comunicação, das quais destacamos o Correio Electrónico, através do qual contactamos diariamente mais de 7.000 (Sete Mil) Oficiais, o nosso Resumo de Imprensa, o Sítio oficial da AOFA na internet e a nossa presença na rede social Facebook, são apenas alguns dos melhores exemplos consolidados desta estratégia que consideramos amplamente bem sucedida.

O Blogue da AOFA, com a participação e dinamismo de todos, constituir-se-á como mais um canal privilegiado de publicação e consulta de documentos, troca de ideias e partilha de informação. Em prol das Forças Armadas Portuguesas, e da Soberania Nacional!

E na primeira linha da defesa e promoção da Condição Militar.

Bem-Hajam!

Manuel Martins Pereira Cracel