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sábado, 26 de julho de 2014

Soldados Portugueses Na Guerra do Ultramar


 OS MENINOS DE SUAS MÃES

 E o Mundo pergunta 
Como é possível
Pelos vistos é 
E ele sabe, e tu sabes 
E eu sei
 E todos sabem
 Que o menino de sua Mãe 
Arrancado ao seu colo
 Foi levado p'rá guerra
 P’ra salvar a Pátria
 E uma outra terra
 Onde se fez homem 
E onde aprendeu
 A chorar em silêncio.
 Os Céus escureciam
 As bombas caiam
 E ensurdeciam
 Os meninos de suas Mães
 Que sem abraço
 Sem colo
 Sem nenhum consolo
 Rastejavam no solo
 Farejando quais ‘cães’ 
Sim, os meninos de suas Mães. 

 Nesse solo maldito
 O menino aflito
 Deixava escorrer
 Lágrimas de sangue
 Que ele conhecia
 E ele sentia
 Mas não queria ver 
Em horas perdidas 
Lágrimas de dor
 Com cheiro que tresanda 
A suor de cães,
 Por valas perdidas
 Eram as dores sentidas
 P’los meninos de suas Mães. 
Os meninos de suas Mães
 Faziam-se fortes
 Endureciam, as almas
 Enfrentavam as mortes
 Dos seus camaradas 
Que ensopavam trincheiras
 Ali mesmo ao lado
 Onde a Liberdade
 Só cerrando fileiras
 Cumpria seu Fado

 E hoje
 Hoje os que ficaram
 Que às costas trouxeram 
Os medos os sons
 O grito aflito 
Dos seus camaradas,
 Só pedem justiça
 Não querem mais nada
 Imploram apenas
 Que lhe aliviem a alma 
Dos traumas da guerra
 Da negra visão
 Da dor do amigo
 Do grito de irmão
 Que carregam consigo 
E os fez solidão. 

 Rosa Guerreiro Dias 2-7-2014

PS:
Um poema de corpo inteiro de uma poeta que sente em sentimentos vivos esta tragédia, ainda, presente, e dela nos fala,para DERRUBAR a INDIFERENÇA DE UM PAÍS but... um grande abraço de quem combateu e viu mortos amigos seus.

E que tributos em sangue e mazelas pagamos,,e só RECLAMAMOS JUSTIÇA E PATRIOTISMO AOS DEMAIS.

andrade da silva

CARTA ABERTA AO DR. MEDINA CARREIRA

Prefácio: Este senhor é ex-aluno dos Pupilos do Exército, onde se formou em Engenharia Mecânica,tirou depois um mestrado de Direito ou coisa parecida.Foi um péssimo Ministro da Finanças.
Ficou amnésico há muitos anos relativamente às suas origens e a meu ver é um trapalhão ao serviço dos poderosos!!! 


 CARTA ABERTA AO DR. MEDINA CARREIRA

Vem V.Exa agredindo persistentemente o juízo e a paciência dos funcionários públicos e pensionistas deste massacrado País, especialmente durante as sessões semanais do programa televisivo “Olhos nos olhos”, com uma tal insistência que mais  parece ter-se já tornado numa obsessão.
Não pretendendo retirar-lhe o mérito de, desde há longo tempo, vir a chamar a atenção pública para os caminhos errados que sucessivos Governos têm vindo a seguir no descontrolo das contas públicas, principal razão por que chegámos à actual situação de descalabro nacional, não lhe reconheço, no entanto, razão seriamente fundamentada para colocar o ónus dos excessos da despesa pública quase que exclusivamente sobre os aludidos grupos sociais (funcionários públicos e pensionistas).
A sua visão do problema, assente numa mera perspectiva contabilística e não macroeconómica, peca por isso de determinadas distorções que importa denunciar e esclarecer, a bem da verdade e rigor que a delicadeza desta questão naturalmente exige.
Para já não falar dos aspectos morais relacionados com os graves erros, maus tratos, ilegalidades e incontroladas prepotências, enfim, a gestão danosa a que as contas da segurança social foram sujeitas por parte de todas as governações após a mudança de regime operada em 1974, que levaram a que alguém responsável já tenha avançado que a dívida do Estado à segurança social (vista em sentido lato) se cifraria actualmente em mais de 70 mil milhões de euros (sem que alguém por isso se tenha alguma vez sentado no banco dos réus), o facto é que, mesmo ignorando esta triste realidade nunca assumida publicamente pelos detentores do poder político, por motivos óbvios, o que mais importa agora é analisar a questão numa perspectiva isenta e objectiva e não distorcer a verdade dos factos com visões subjectivas e parcelares que só contribuem para aumentar a confusão de quem está menos informado.
E tenho de começar por desmascarar a mentira com que alguns altos responsáveis políticos e conceituados comentadores vêm confundindo o público, afirmando descaradamente que os encargos públicos com pessoal e prestações sociais representam mais de 70% (alguns até falam em 80%) da despesa total do Estado, quando eles afinal representaram, em 2013, cerca de 30% dessa mesma despesa total (deduzindo às prestações sociais concedidas as quotizações e contribuições pagas pelos trabalhadores e entidades empregadoras). A conjugação dos dados constantes do Orçamento de Estado, do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social e da PORDATA assim o provam, se forem devidamente consultados. Nunca vi o Sr. Dr. Medina Carreira desmentir essas falsas declarações, feitas com o claro objectivo político de justificar perante a opinião pública as medidas governamentais que têm sido prosseguidas no sentido de fazer incidir o grosso dos necessários cortes da despesa pública sempre sobre os mesmos grupos de cidadãos (funcionários públicos e pensionistas com normais carreiras contributivas). Trata-se, pois, de uma inqualificável trapaça política.
Mas então pergunto eu: será que os outros 70% da despesa total do Estado são de facto praticamente incompressíveis? Os chamados consumos intermédios, as subsidiações do Estado aos mais diversos agentes públicos e privados (muitos atingindo dimensões verdadeiramente escandalosas, como é o caso das PPP´s, dos contratos SWAP, das rendas excessivas no sector energético, e das inúmeras fundações, associações e observatórios cuja utilidade pública tanto tem sido posta em causa, conforme V.Exa. também tem vindo a chamar a atenção), os encargos com entidades reguladoras (que normalmente mais se preocupam com a defesa dos direitos dos grupos económicos do que com a defesa dos direitos e expectativas dos consumidores), o serviço da nossa enorme dívida pública, o aumento ocorrido nas despesas do próprio Governo como fonte priveligiada de emprego bem remunerado, os gastos com frotas automóveis para os detentores de cargos públicos absolutamente ostensivas e desproporcionadas etc., não serão passíveis de maior contenção para darem um contributo substancial ao corte dos cerca de 8 mil milhões de euros que é preciso fazer na despesa pública, caso não ocorra o desejável crescimento económico de que o País precisa?
Acresce que os cortes em despesas de pessoal e prestações sociais devem ser contabilizados nos seus efeitos em termos líquidos e não brutos, facto que, quer a Ministra das Finanças, quer V.Exa. parece terem alguma relutância em referir. Na verdade, muito mais do que acontece com cortes feitos em diversas outras despesas do Estado, quaisquer cortes em remunerações do trabalho ou prestações sociais traduzem-se sempre numa directa redução de receitas fiscais, sobretudo em IRS e IVA, que deve ser abatida ao seu valor bruto, para se avaliar correctamente o seu peso real em termos de benefício para as contas públicas. E não se contabilizam aqui, por óbvia dificulade prática de avaliação, os seus nefastos efeitos indirectos como acrescido factor recessivo da economia nacional, devido fundamentalmente à redução do consumo interno e seu consequente contributo para o aumento do desemprego.
Mas já que V.Exa. prefere ir pelo lado da comparação de despesas com receitas, afirmando repetidamente que a receita de impostos corresponde aproximadamente às despesas do Estado em pessoal e prestações sociais, o que tornaria o futuro do País insustentável, dando assim a entender às pessoas menos informadas que o Estado não dispõe de outras receitas (algumas até especificamente destinadas a cobrir tal tipo de encargos), há então que esclarecer que as receitas globais do Estado têm sido aproximadamente o dobro do montante dos impostos colectados, incluindo, entre várias outras, as próprias receitas da Segurança Social e da Caixa Geral de Aposentações.
Assim, relativamente às prestações sociais só faz sentido colocar a questão também em termos líquidos, isto é, qual a parcela dos impostos que é necessária para cobrir o deficit dos sistemas de segurança social (SS e CGA). Ora este deficit, coberto por verbas do Orçamento do Estado, foi, em 2013, de cerca de 13.200 milões de euros , correspondendo, portanto, a 36,5 % da receita de impostos (que totalizou 36.270 milhões de euros) ou a 18.2% das receitas globais do Estado (que totalizaram 72.410 milhões de euros).
Se juntarmos as despesas de pessoal em 2013 (10.700 milhões de euros) ao deficit da segurança social, obtemos as percentagens de 65,9% da receita de impostos e de 33% das receitas globais do Estado.  
Quaisquer outras comparações que se façam nestas matérias correm pois o risco de se tornar em pura demagogia.
Por fim, importa ainda precisar o âmbito do conceito de prestações sociais e as particularidades específicas de cada uma delas, matéria em que V.Exa. não tem sido suficientemente pedagógico na missão de esclarecimento público a que se tem proposto.
A primeira observação a fazer resulta da confusão, por vezes levantada por quem pouco percebe do assunto ou tem perversas intenções, que consiste na pretendida inclusão das despesas do Estado em saúde e educação dentro do conceito de prestações sociais, o que é manifestamente errado. Este tipo de despesas, tal como as que correspondem a actividades de apoio à agricultura, às pescas, à indústria, ao comércio, à cultura, à investigação científica, ao exercício das funções de soberania (justiça, diplomacia, defesa e segurança interna), à concretização e apoios na edificação de infraestruturas e serviços públicos de reconhecido interesse comum, etc., constitui-se como uma obrigação do Estado no âmbito das suas responsabilidades constitucionais como prestador de serviços públicos, enquanto que as prestações sociais assumem sempre o carácter de compensações remuneratórias pagas pelo Estado aos cidadãos, no cumprimento de contratos com eles estabelecidos ou em outras situações previstas na lei normalmente relacionadas com apoios sociais da mais diversa natureza.
A segunda observação vai no sentido de procurar dismistificar a ideia de que as prestações sociais são uma “esmola” do Estado, cujo montante pode assumir valores descricionariamente estabelecidos consoante a necessidade de satisfação de outros encargos resultantes  das prioridades estabelecidas em função das opções políticas tomadas ao longo de cada legislatura. E aqui temos desde logo que fazer uma clara distinção entre as pensões que resultam de carreiras contributivas normais e as demais prestações sociais.
As primeiras incluem uma  componente largamente maioritária que corresponde à capitalização dos descontos para a Segurança Social ou para a Caixa Geral de Aposentações (e está por provar que assim não seja), feita, ao longo de uma vida de trabalho, pelo próprio e pelas respectivas entidades patronais (descontada a devida parcela para o subsídio de desemprego). Se o Estado retirou verbas dos respectivos fundos para outros fins alheios à sua finalidade, se levianamente perdoou dívidas de empresas à segurança social, se fez aplicações desastrosas das suas reservas, se imprudentemente nacionalizou encargos com pensões privadas utilizando as respectivas reservas para outros fins, em suma, se mal geriu e desbaratou os fundos da segurança social, e vêm agora os seus legítimos representantes defender, em estafados discursos de busca da sustentabilidade, que as pensões contributivas devem ficar pura e simplesmente dependentes da conjuntura económica e daquilo que a actual geração trabalhadora desconta, reduzidas ainda por cima de parcelas destinadas à recapitalização desses mesmos fundos que foram tão leviana e criminosamente desbaratados, então como quer V.Exa. que esta classe de pensionistas não se sinta profundamente revoltada?
Se não fosse alguma contenção até agora imposta pelo Tribunal Constitucional, os pensionistas contributivos já estariam a sofrer em pleno, no valor das suas pensões, a soma de vários efeitos penalizadores, que não podem nem devem ser-lhes especificamente imputados. A sofrer pelos desmandos da irresponsablidade e gestão danosa do Estado na segurança social, ao longo de muitos anos; a sofrer pela antecipação de reformas na função pública com a finalidade de se obter a redução das despesas de pessoal: a sofrer pela concessão de pensões vitalícias a detentores de cargos públicos com reduzidas carreiras contributivas; a sofrer pela inclusão no sistema de novos pensionistas com contribuições para fundos privados, sem que esses fundos tenham entrado no sistema; a sofrer pelos aumentos atribuídos às pensões não contributivas ou com reduzidas bases contributivas; e, finalmente, a sofrer pela carga que ainda lhes querem colocar para assegurar uma segurança adicional às novas gerações, para as quais, invertendo o discurso oficial em relação à actual geração de pensionistas, se pretende agora que na sua futura situação de pensionistas deixem de depender unicamente das gerações que se lhes seguirem.
Quanto às demais prestações sociais, isto é, as que não resultam de carreiras contributivas normais, elas correspondem afinal a compreensíveis e legítimas obrigações de solidariedade social com que o Estado se comprometeu, a fim de minimizar os efeitos de situações socialmente anómalas ou injustas tais como a extrema pobreza, a inserção social dos excluídos, as dificuldades na obtenção de emprego, as grandes deficiências físicas ou mentais, etc. Ora estas situações constituindo portanto encargos de solidariedade social de âmbito generalizado, devem então ser plenamente assumidas por toda a sociedade, proporcionalmente à sua capacidade contributiva, e não como sobrecarga a colocar maioritaria ou exclusivamente sobre quem obteve a sua reforma após uma vida de trabalho com carreira contributiva para a segurança social. A cobertura financeira deste tipo de encargos deve portanto ser feita a partir dos impostos cobrados a todos os cidadãos e não lançada injustamente só sobre uma parte deles, opção esta que infelizmente não deixa de estar na mente de quem actualmente nos governa.
Uma das táticas seguida pelo actual Governo tem sido a de “dividir para reinar”, procurando colocar determinados grupos sociais, de quem espera obter apoio para impôr determinadas medidas, contra outros grupos sociais sobre os quais pretende aplicar essas mesmas medidas. Assim, Incentiva a “guerra” entre gerações por causa das pensões; apoia o sector privado contra o sector público para que neste último lhe seja mais fácil reduzir direitos e remunerações; e abre “guerras” dentro do próprio sector público para atingir os mesmos fins. Há quem entenda que a política tem de ser assim mesmo. Acontece que V.Exa., voluntaria ou involuntariamente, tem vindo a posicionar-se, nas matérias atrás referidas, muito mais como seu aliado do que como analista objectivo, isento e construtivo, o que sinceramente lamento.
Senhor Dr. Medina Carreira:
Eu não sou dos que têm medo das contas. Quero-as é transparentes e perceptíveis, o que infelizmente nem sempre tenho visto nas suas comunicações e diálogos.
Desculpe-me o atrevimento de um conselho de alguem que é da sua geração. Não tenho a veleidade de lhe pedir que o siga, mas ao menos que o leia: procure ser mais pedagógico e menos demagógico nas suas lições televisivas. Muitos portugueses ficar-lhe-iam certamente agradecidos.
Com os meus melhores cumprimentos,

Lisboa, 25 de Julho de 2014
José Manuel Castanho Paes
Email: jose.castanho.paes@gmail.com
  





segunda-feira, 14 de julho de 2014

A tabela remuneratória única da administração pública e os militares

A tabela remuneratória única da administração pública e os militares

( Tenente-General Mário Cabrita )


Está em discussão a tabela remuneratória única da administração pública (TRU). O Governo tem feito dos trabalhadores da função pública (FP) um dos grandes culpados pela crise que se vive em Portugal e, como tal, merecedores de serem penalizados por essa condição. Além dos cortes, teima em nivelar por baixo as diferentes profissões integradas na FP e é com apreensão que aguardamos o modo como a tabela irá ser imposta às Forças Armadas (FA) e às forças de segurança (FS). Apesar de tudo, esperamos que o Governo tenha o bom senso de não considerar como igual o que é desigual. A FP agrupa um conjunto de profissões que continuam a ser a espinha dorsal que mantém o Estado vivo e de pé, de onde sobressaem, pelas suas especificidades, as FA e as FS. Nestas, a Polícia de Segurança Pública (PSP) e a Guarda Nacional Republicana (GNR), é forçoso salientar esta última, dado o seu carácter militar.
Quando há meses o Governo decretou a semana de trabalho de 40 horas, os elementos das FA e das FS sentiram-se ofendidos, porque o normal é cumprirem 50/60 horas por semana. Teria sido um ato de gestão acertado do Governo se tivesse feito uma discriminação positiva destes homens e mulheres, reconhecendo que as suas funções os obrigam a ultrapassar esse padrão temporal e, desde logo, a assumir que as FA e as FS são diferentes das outras profissões. Não o fez e não esteve bem.
Imaginemos uma empresa com 22 mil colaboradores, 630 balcões de atendimento, uma frota de transportes de 4850 viaturas, 930 motos e 70 embarcações, um efetivo animal de 455 cavalos e 260 cães, um orçamento executável anual médio de 870 milhões de euros e que seja responsável, em regime de monopólio, por um bem essencial à sobrevivência do Estado em 94% do território continental. Qual deverá ser a remuneração-base do seu presidente? 30 mil euroeuros por mês? 20 mil euros? Esta empresa, supostamente fictícia, é a GNR e o seu comandante tem a remuneração-base de 4857,41euro euros. A título informativo, e para desfazer alguns mitos, esclarece--se que nas FA somente os três chefes de Estado-Maior dos ramos e o chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA) têm uma remuneração um pouco superior e que este último é o cargo de topo das FA. Atentemos em algumas categorias profissionais, que nos eximimos de identificar, integradas nos ministérios da Justiça, da Saúde e da Educação, e que há anos usufruíam de vencimentos equiparados aos dos postos cimeiros da hierarquia militar. Quantos são esses profissionais? Centenas? Não, são milhares! Não está em causa a nobreza e a importância das suas funções, muito menos a forma digna como as exercem. Mas não deixa de ser frustrante para os militares ver que hoje todos eles têm uma remuneração-base bem mais elevada daquela que o CEMGFA aufere, que é apenas um (1) e que só atinge este cargo com sessenta ou mais anos. Mas voltemos à GNR ou à PSP. 85% do seu efetivo tem uma remuneração-base média de 950 euros. Será que é o valor justo para quem tem o horário laboral já citado, sendo essas horas feitas por turnos, de dia ou de noite, ao frio, ao sol e à chuva? Onde o risco é constante, seja numa operação stop, na detenção de um perigoso meliante, na abordagem a uma viatura suspeita, na perseguição a um assaltante, ou na resolução de um problema de violência doméstica; onde o stress acumulado leva, muitas vezes, à doença e ao desespero e, sempre, a disfunções familiares, ao envelhecimento precoce e a uma esperança média de vida de quase dez anos inferior à média nacional. E diariamente há feridos e por vezes mortos, para garantir a segurança do cidadão e do Estado. 950 euro euros será a retribuição adequada para compensar este perigo permanente em que o espectro da morte está sempre presente? E, a propósito, quantos desses profissionais que têm uma remuneração-base bem superior à dos militares já arriscaram a vida, foram feridos ou faleceram no exercício das suas funções? As Forças Armadas e as forças de segurança não pretendem um tratamento de exceção ou de privilégio na aplicação da TRU. Contudo, esperam que sejam tidas em consideração as suas singularidades, sobretudo o risco e a penosidade que as acompanham a todo o momento.
Reconhecemos que há outras profissões que também enfrentam situações difíceis, mas previsíveis. Pelo contrário, os militares nunca têm conhecimento do perigo que os espera, nem quando, onde e como ele se vai manifestar. Acresce que a profissão militar é a única que estatutariamente e em cerimónia pública jura defender a Constituição da República e dar a vida pela Pátria e pelos portugueses. E dá-a.
Senhor primeiro-ministro
Sabe, com certeza, que, aconteça o que acontecer em relação à TRU, as FA e as FS continuarão a cumprir a sua missão com o empenho, a dedicação e a eficiência com que o têm feito até aqui. Mas certamente compreenderá que estas mulheres e estes homens ficarão cientes de quem está com eles e de quem não está, de quem valoriza o seu trabalho e de quem o minimiza. Apesar de tudo, e em nome do povo, da democracia e da soberania nacional, pode continuar a contar com eles...

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Livro “VASCO,NOME DE ABRIL"

Livro   “VASCO,NOME DE ABRIL"




Nos 40 anos da tomada de posse de Vasco Gonçalves
como Primeiro-ministro de Portugal. 
Lançamento a 18 de Julho,18h00-Casa do Alentejo.

Edição Associação Conquistas da Revolução

(em caso de má visualização :ver também conquistasdarevolucao.blogspot.com ou omirantealmirante2.blogspot.com)

Com 75  depoimentos, de :


MANUEL BEGONHA, Presidente da Direcção da ACR
--------------------------
FIDEL CASTRO
HUGO CHÁVEZ
ABÍLIO FERNANDES
ALICE VIEIRA
ÁLVARO MARTINS
AMÉRICO NUNES
ANABELA FINO
ANSELMO DIAS
ANTÓNIO AVELÃS NUNES
ANTÓNIO GERVÁSIO
ANTÓNIO MODESTO NAVARRO
ANTÓNIO QUINTAS
ANTÓNIO VILARIGUES
ARMANDO MYRE DORES
ARMÉNIO CARLOS
AUGUSTO FLOR
AVELINO GONÇALVES
BAPTISTA ALVES
BAPTISTA BASTOS
CARLOS CARVALHO
CARLOS COUTINHO
CÁRMEN SANTOS
CÉSAR PRÍNCIPE
CORREIA DA FONSECA
DANIEL CABRITA
DEOLINDA MACHADO
DULCE REBELO
DURAN CLEMENTE
FÁTIMA RODRIGUES
FELICIANO DAVID
FERNANDO TAVARES MARQUES
FILIPE DINIZ
FRANCISCO DUARTE MANGAS
FRANCISCO LOBO
GERMANO DE ALMEIDA
GLÓRIA MARREIROS
GUILHERME ANTUNES
HÉLDER COSTA
HENRIQUE MENDONÇA
ILDA FIGUEIREDO
JOÃO BILSTEIN SEQUEIRA
JOÃO LOURENÇO
JOÃO PEDRO MÉSSEDER
JOÃO TORRES
JORGE SARABANDO
JOSÉ ANTÓNIO GOMES
JOSÉ BARATA MOURA
JOSÉ CASANOVA
JOSÉ ERNESTO CARTAXO
JOSÉ MANUEL JARA
JOSÉ PAULO GASCÃO
JOSÉ SUCENA
KALIDÁS BARRETO
LUÍS MACEDO
MANUEL AUGUSTO ARAÚJO
MANUEL LOUZÃ HENRIQUES
MANUEL PIRES DA ROCHA
MANUEL Q. GRAÇA BAPTISTA
MARIA AMÉLIA NÁPOLES GUERRA
MÁRIO DE CARVALHO
MÁRIO NOGUEIRA
MIGUEL URBANO RODRIGUES
MOISÉS CAYETANO
PINTO SOARES
RIBEIRO CARDOSO
RITA LELLO
RUI NAMORADO ROSA
SAMUEL

SÉRGIO RIBEIRO
VALDEMAR SANTOS
VARELA GOMES
VASCO COSTA SANTOS
VIEIRA NUNES
VITORINO






terça-feira, 8 de julho de 2014

QUANDO O PASSADO É QUASE O ÚNICO PRESENTE- QUE FAZER?




A mim pouco me dizem os sacrifícios passados.

A mim, dizem-me muito mais as cobardias dos dirigentes e o seus rebanhos de hoje.

Por isto, falo dos coiotes de antanho, para dizer que os pós e pseudo-revolucionários de hoje são a mesma merda: AUTORES OU CÚMPLICES DOS MESMOS CRIMES DE SEMPRE- matar a liberdade e os homens livres.


Não choro as feridas do passado, embora, o passado exista e seja, tantas vezes, O ÚNICO PRESENTE: ACUSO, SIM, OS VILÕES DE HOJE,CLONES DOS SALAZARISTAS DE ANTANHO, que de um, ou outro modo, são os protossalazaristas de agora, que querem governar Portugal com bota de ferro.

É preciso ALEMBRAR para que o Passado. que é presente, não se continue pelo Futuro, o que, é uma grande probabilidade: os indiferentes são muitos;os destruídos, indignificados, reduzidos à condição de subhumanos são 2 milhões; as castas e os rebanhos outros tantos, logo, há toda a exiguidade para a luminosidade, O FUTURO, O POVO, PORTUGAL, A HUMANIDADE, se não houver um sobressalto-tsunami social ,ético e  politico.

Eis porque grito: Muitos dos arautos do amanhã são os coveiros ou os seus clones, nascidos e sobreviventes de um ontem terrível.


andrade da silva


PS: Foto Parque da Liberdade, Almada.


terça-feira, 1 de julho de 2014

Feridas de Guerra: (IN)Justiça Silenciada

Um estudo da Deficiência de Guerra no Exército

Coordenação do Coronel de Artilharia 
João António Andrade da Silva



O Coordenador deste trabalho deixa-nos a seguinte questão :

Este estudo foi entregue há 4 anos e uma vez mais esquecido, como esquecidos estão Milhares de Combatentes; Uns por décadas, outros por toda a vida! Porquê?