Disse na reunião da AOFA, de 22 Fevereiro, e escrevi no texto " A PÁTRIA A TODOS CHAMA", (claro um texto esquecido, pudera!) que é da condição essencial do soldado, entre outras interrogações, fazer as seguintes:
Camaradas, nós militares, as nossas organizações representativas, têm de, com sentido de emergência e, acima de tudo, fazerem um estudo de situação sobre as seguintes ameaças a Portugal e aos portugueses:
- a soberania de Portugal, está, actualmente, garantida mesmo ao nível da chamada reserva estratégica? As privatizações são legitimas, legais ou caem no conceito do direito internacional de Odiosas? A saída tão generalizada dos recursos humanos jovens e qualificados não ameaça duplamente a soberania portuguesa pela diminuição do potencial humano e o demográfico?
- a desmilitarização das Forças Armadas consolida ou enfraquece a defesa da soberania Nacional?
- a soberania de Portugal poderá ser, ou mesmo está garantida, ao nível da actual estrutura politica, económica, financeira do euro, com um Portugal que empobrece e cada vez mais se endivida, para pagar juros vergonhosos e imorais a agiotas, deixando as actividades produtivas essenciais de fora, na área da industrialização, agricultura, pescas e mercado interno?
- como se pode garantir a independência e o desenvolvimento de Portugal com a diminuição dos cuidados de saúde, nomeadamente nas Forças Armadas e dos níveis de educação, o que, afectará de um modo grave o potencial estratégico humano, em quantidade e qualidade?
- como é compaginável com a democracia e o estado de
direito o empobrecimento forçado de 6 milhões de portugueses,
a injustiça fiscal e uma absoluta distorção
na redistribuição da riqueza, fazendo de Portugal uma
nova Singapura, um Marrocos no Sul da Europa etc?
o estado social adequado à preservação da dignidade de
cidadão dos reformados, desempregados, trabalhadores e outros está
garantido, ou estamos a abrir a nova época dos pobres oficiais,
nomeadamente, com a bomba social da maior gravidade com os desempregados de
longa duração, que ficarão sem emprego e sem nenhuma protecção social a
médio prazo?
- a continuação desta situação de crise
moral, económica e da austeridade ameaçam ou não a
democracia Constitucional?
- a continuação desta desesperante
situação para centenas de milhares, milhões de portugueses, pode levar a uma
expressão da indignação
constitucionalmente protegida a níveis de extrema
gravidade. Em tal situação que pode levar à declaração do estado de
emergência, previsto Constitucionalmente, como se poderão vir a
posicionar as Forças Armadas no respeito pela Constituição e pela integridade
do Povo Português e dos seus bens?
etc etc
andrade da silva
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