Bem-Vindo/a ao Blogue da Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA). Este espaço está aberto a todos os Oficiais da Marinha, Exército e Força Aérea, constituindo-se como mais um canal privilegiado de publicação e consulta de documentos, troca de ideias e partilha de informação. Em prol das Forças Armadas Portuguesas, da Condição Militar e da Soberania Nacional!
quinta-feira, 30 de janeiro de 2014
quarta-feira, 29 de janeiro de 2014
Pés no Sofá: CARTA ABERTA A UM DUX
É muito triste a morte de jovens promissores. Portugal bem precisaria deles. Que descansem em paz. As responsabilidades deverão ser apuradas mas, espero, que não se torne "uma caça às bruxas" e que não recaia somente nos mais fracos e fragilizados; que se apure também responsabilidades a montante, e não somente a jusante: foram as políticas desenvolvidas desde há décadas em Portugal que promoveram este tipo de demagogias culturais, que neste caso findou tragicamente. É voz corrente: "dantes o filho era repreendido em casa por trazer más notas; agora, os pais vão à escola repreender o professor". Isto é só um exemplo, entre milhares e milhares de situações que deturparam completamente os valores duma sociedade. Entretanto, não se fala doutras coisas também importantes há demasiados dias, como o roubo dos salários, dos pensionistas, o desemprego dos jovens, a continuação do enriquecimento ilícito, etc., etc., etc. É que..., há que manipular o "rebanho", pondo-os a falar repetidamente sobre o que não põe em causa o poleiro dos burlões e vigaristas. Oh povo que lavas no rio..., ACORDA!
Pés no Sofá: CARTA ABERTA A UM DUX: Dux: Ando aqui com esta merda entalada há já algum tempo. A ouvir as diferentes versões, a pensar nas dúvidas e a pôr-me no lugar das...
sábado, 25 de janeiro de 2014
Do Dever da Diferença ao Direito à Igualdade
Desde a Revolução Francesa de 1789 que três palavras assumiram um elevado grau de protagonismo político: Liberdade, Fraternidade, Igualdade. Não por terem “nascido” com a Revolução – sempre foram palavras de relevante significado humano e social. Mas porque, transformadas em bandeira de um novo paradigma de organização social e política, ganharam um peso político consistente e generalizado. São palavras com Poder. Tanto que nenhum Poder prescinde de as fazer suas.
Mas terão elas o mesmo significado para todos os membros de uma comunidade? Para todas as comunidades?
Da Liberdade podemos dizer que é um Valor tão intrinsecamente humano que há milénios que por ela os humanos se guerreiam, se matam, erguem e destroem impérios. Hoje, o Poder imperial existente, os Estados Unidos da América, não tem dúvidas em afirmá-lo: foi em nome da Liberdade que conquistámos a nossa Independência, é em seu nome que assumimos o “transcendente propósito” de a defender intransigentemente, e de a promover por todo o Mundo.
Porém, clarificam este “transcendente propósito” como todos os impérios fizeram ao longo da História, acrescentando um “imprescindível requisito”: se, e só se, os interesses dos EUA e das suas corporações (e subalternamente dos seus seguidores) prevalecerem sempre.
O Poder apropria-se da Palavra, restringindo-lhe o Poder, por alienação do Valor e preponderância do Interesse.
Por cá, esta apropriação está consubstanciada, de uma forma pequenina e grotesca, no auto-designado “arco do poder” (ou “arco da governação”, ou “arco da governabilidade”): somos todos livres (e democratas), desde que sejamos nós a mandar!
Da Fraternidade podemos dizer que é o Sentimento que nos faz olharmo-nos como Seres Humanos, seres da mesma espécie. No entanto, milénios de História provam-nos que o Poder usa duas medidas quando analisa, ou valoriza, acções praticadas por si ou por outrem.
Um caso paradigmático é o do Muro: para o Império, o Muro de Berlim era o Muro da Vergonha, e o seu derrube foi uma “Vitória da Humanidade”; para o mesmo Império, justifica-se plenamente a sua participação financeira, técnica e política, na construção do Muro da Palestina, um Muro mais alto, mais largo, mais extenso, excluindo um Povo dentro da sua própria terra.
O Poder apropria-se da Palavra, mudando-lhe o significado: fraternos somos nós, eles são terroristas.
Por cá, a alteração de significado é mesquinha e rasteira: a Fraternidade deixou de ser um Sentimento humano para ser um imposto (Contribuição Extraordinária de “Solidariedade” – CE”S”), aplicado apenas a alguns (os pensionistas e os reformados), “proibindo-se” mesmo que outros (os juízes e os diplomatas) possam exercer essa “fraterna solidariedade”!
Da Igualdade podemos dizer que é um anseio primordial dos Seres Humanos, pois cada Eu só encontra a sua plenitude num Nós em que se sinta e situe individualmente pleno. Dito de outra forma, um Eu diferente num Nós onde é reconhecido como igual.
Mas esta Igualdade na Diferença – ou o indivíduo reconhecido como diferentemente igual -, impõe ao Poder níveis da sua organização e do seu exercício de tal modo exigentes, que o Poder usurpa a Palavra, melhor, as Palavras, “domesticando-as” pela Lei ou, quando necessário, subjugando-as pela Força.
De facto, para o Poder, a massificação da Igualdade torna todos os Seres Humanos iguais num Nós desmesurado, onde o Eu é um proscrito: apenas o Eu deficiente e o Eu minoritário (étnico, religioso, cultural,…) são reconhecidos, melhor, tolerados como diferentes e, por isso, devidamente enquadrados, limitados e delimitados, pela Lei e/ou pela Força.
Um Nós assim construído é um Nós pacífico, dócil, obediente. Um Nós acrítico e acéfalo, mas definitivamente igual. Um Nós que o Poder exibe, ufano (“O Povo português é o melhor povo do mundo!”), como “um magnífico resultado” da sua prática do reclamado “Direito à Igualdade”.
Nada mais igual seria possível. Mas este Nós não é constituído e construído por Seres Humanos: é, tão só, um conjunto de “objectos”, de “coisas”, que se limitam – são limitados! - a existir enquanto podem produzir e consumir algo, e que atingem o estado de “descartáveis” quando essa possibilidade se esgota. Não há Eus neste Nós!
É, assim, fácil ao Poder dar resposta a quem reivindica o Direito à Igualdade.
Mas não é esta a Igualdade por que lutam, há milénios, os Seres Humanos. A verdadeira e humana Igualdade é aquela em que o Eu se afirme Inteiro, Fraterno e Livre, dentro de um Nós também ele Inteiro, Fraterno e Livre.
Mais do que um Direito, a Igualdade é um Dever. O Dever de um Nós Humano.
Que só será possível se cada um, individualmente, cumprir o Dever de Ser Diferente. O Dever de um Eu Humano.
É a partir do cumprimento deste Dever de Ser Diferente que o Eu se reconhece como Humano e, simultaneamente, reconhece a Humanidade de outros Eus, e é reconhecido por eles, dando lugar à construção do Nós Humano.
Liberdade, Fraternidade, Igualdade, são Valores Humanos, reivindicados por um Eu Humano e um Nós Humano. Diferentes Eus e diferentes Nós poderão ter (têm!), diversas formas, diversos caminhos, para construir esses Valores. Mas enquanto forem reconhecidos como Valores, permitirão que Eus diferentes e Nós diferentes permaneçam Humanos.
Porém, quando os Valores cedem o lugar a Interesses, o Poder apropria-se, usurpa, as Palavras, “coisifica-as” e, ao fazê-lo, “coisifica” os Seres Humanos.
Na morte de Mandela muitos criticaram a hipocrisia e o cinismo de muitos representantes do Poder. Com razão, sem margem para dúvidas. Todavia, é redutor ficarmos por aí: o Poder que quer manter a “coisificação” da esmagadora maioria dos Seres Humanos – seja o Poder imperial, seja um qualquer Poder subalterno -, sabe que tem que se apropriar, em todas as circunstâncias, do Poder das Palavras (os Valores), para que a Palavra do Poder (os Interesses) prevaleça sempre.
Deixar Mandela depositário do Poder das Palavras – Liberdade, Fraternidade, Igualdade -, seria um erro crasso que o Poder não cometeu: mais do que cinismo e hipocrisia, assistimos a uma feroz usurpação do Poder das Palavras, deixando-as à mercê dos Interesses.
É urgente percebermos que temos que ser Diferentes se queremos ser Iguais. Só assim poderemos afirmar, Inteiros, Fraternos e Livres, que aquelas Palavras são as Nossas Palavras, as Palavras da Nossa Humanidade. E que não abdicamos delas!
O PANTEÃO NACIONAL PARA SALGUEIRO MAIA É O CORAÇÃO DO POVO E A HISTÓRIA.
sexta-feira, 24 de janeiro de 2014
Conferência de Imprensa - Coronel Manuel Cracel
http://www.aofa.pt/rimp/AOFA_Conf_Imprensa_2014JAN23.pdf
https://www.youtube.com/watch?v=MccpivKUdks
Conferência de Imprensa - Almirante Castanho Paes
http://www.aofa.pt/rimp/AOFA_Conf_Imprensa_ALM_Castanho_Paes_2014JAN23.pdf
https://www.youtube.com/watch?v=RxdO1XCIohQ&feature=youtu.be
terça-feira, 21 de janeiro de 2014

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014
OS ACTIVOS ESTRATÉGICOS QUE SE TORNARAM EM PASSIVOS TÓXICOS MORTAIS ,PARA PORTUGAL.
A MINHA INTERVENÇÃO NO COLÓQUIO, NA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA, SOBRE O CONCEITO ESTRATÉGICO DE DEFESA NACIONAL.
andrade da silva
O Povo, os Políticos e os Militares
http://www.aofa.pt/artigos/Serafim_Pinheiro_O_Povo_Os_Politicos_e_Os_Militares.pdf