A MINHA INTERVENÇÃO NO COLÓQUIO, NA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA, SOBRE O CONCEITO ESTRATÉGICO DE DEFESA NACIONAL.
21 de Fevereiro de 2013
( escrevi este texto há meses, agora, depois de quase tudo privatizado vão fazer as leis para protegerem os activos estratégicos que, entretanto, passaram para o chineses, etc. Que gozo safado!)
PARA QUE CONSTE.QUEM FAZ O QUE PODE,FAZ o QUE DEVE:
Tive pouco tempo para intervir, durante o debate, mas de improviso, e mesmo com o moderador a querer abreviar a intervenção, denunciei, na minha opinião, coisas graves como:
- os cortes nas pensões dizendo que passava a ganhar como um soldado, ( aqui não é bem assim, houve algum exagero, saiu, mas é quase);
- a falta de interesse daquelas discussões e do próprio conceito estratégico de defesa que depois ninguém fiscaliza nada, e nem sequer há dinheiro para executar as medidas da reserva estratégica, ou seja, o que no limite dos limites é necessário fazer-se para garantir a independência de Portugal;
- a violação do conceito estratégico com as privatizações dos transportes aéreos aumentando as fragilidades estratégicas da Madeira e Açores; a da EDP pondo o controlo da energia em Pequim ou noutro sitio, através de uma simples nuvem informática etc;;
-condenei a tentativa da criação do 4º ramo das Forças Armadas, agora, como se disse na Comunicação Social de um modo camuflado;
- a falta de um órgão de controlo do cumprimento do conceito;
- a má elaboração do documento, conforme a comunicação social, com uma parte horrorosa ( sic) que vão executar e uma parte utópica para inglês ver. Na parte da manhã, abordaram esta questão, vi depois na gravação, que consideravam isso a grande estratégia e seria, assim, uma nuvem;
- referi que não valia a pena falar de avaliação do mérito sem definir carreiras com várias progressões, sugiro 6: super-veloz; normal; progressão horizontal; paragem por falta de competência; despedimento por justa causa, em caso de negligência; saída acompanhada por motivos de saúde;
- disse ao Sr. Nogueira Pinto que os militares não são bonecos transformer( ele defende tropas especiais multi -usos, multifunções e multi-operacionalidade), e acrescentei que não pode haver 2 exércitos: os operacionais e os varredores de casernas;
- que não faz sentido haver duas policias, e que faltou coragem ao grupo e trabalho para proporem a junção da GNR à PSP;
- que as policias não podem estar armadas com material de guerra a pretexto do combate ao terrorismo, este equipamento tem de ser exclusivo das Forças armadas, e que no que for preciso deste material para combater o terrorismo essa parte deve ser confiada às Forças Armadas;
- sugeria a não fazerem reestruturações só no gabinete do Ministro, mas a irem até aos quartéis, e fazerem participar oficiais, sargentos e praças;
- informei que em estudo nacional feito pelo Centro de Psicologia Aplicada do Exército, por volta do ano 2000, a 4000 jovens de ambos os sexos, a frequentarem entre o 9ª e o 12º anos, com resultados posteriormente replicados pelos inquéritos do dia da defesa Nacional, cerca de 30% dos jovens aceitavam serem voluntários para a vida Militar, os restante não; e 23% consideravam como acção mais importante as missões de paz;
- afirmei que sem soldados não há exército, e que, agora,quando um regimento manda um batalhão para fora fica desfalcado, quase sem ninguém;
- afirmei que no exército fizeram-se reestruturações que até deviam ser avaliadas;
- aludi que, contrariamente, ao que a sociedade civil possa pensar não temos um pensamento cinzento e único, há pensamento divergente;
Finalmente, e como comecei saudei a democracia que ajudei a fundar há 39 anos, dizendo que tinha ficado do outro lado do rio,no Cristo- Rei ,e que 39 anos depois falava na casa da democracia sabendo, e afirmei-o sem rodeios, que alguns não gostavam nada de me ouvir, o que, é por demais evidente e visível, mas isso era a democracia, e que dentro dela exercerei os meus direitos.
A reacção mais generalizada foi a indiferença - nem estive lá, nem sequer existo, mas eles ouviram a minha voz,e, isso, incomoda-os muito, muitíssimo, (porque não te calas?) mas alguns manifestaram o seu apoio, como o Almirante Melo
Todavia pergunto o que não é VERDADE; JUSTO; ADEQUADO E IMPERATIVO SER DITO, e que na minha intervenção disse?
andrade da silva
andrade da silva
PS: Estavam presentes muitos oficiais generais, coronéis,etc, representantes da AOFA, da ANS e deputados de todos os partidos.
Das duas uma; Ou esta legislação de salvaguarda dos interesses de Portugal nas privatizações era, COMO ME PARECE, extraordinariamente importante e então ao ser efectuada agora (após estarem consumadas a esmagadora maioria das privatizações) apenas vem comprovar que se começou por privatizar, MUITO PROVAVELMENTE sem que fossem assegurados os vitais interesses de Portugal e dos Portugueses, o que obviamente é propositado OU esta legislação não tem relevância absolutamente nenhuma e sequer aplicabilidade prática (Já se deu a APROPRIAÇÃO de praticamente tudo o que NOSSO, propriedade de Portugal e dos Portugueses, NOSSO! Num caso ou noutro..... mais um camião de areia para os olhos dos Portugueses. O que vale é que cada vez mais pessoas usam óculos de protecção. São ainda uma minoria, é certo, mas havemos de evoluir!
ResponderEliminarÉ exactamente assim. Parte das privatizações são odiosas e podem ser anuladas à luz do direito Internacional, porque nenhum governo por si só está mandado para vender e comprometer a independência Nacional.
ResponderEliminarTodavia é muito provável que nem partidos,nem as Forças Armadas, nem nós cidadãos tenhamos feito o que era certo e o nosso dever fazer. abraço